quinta-feira, 3 de julho de 2014

Felipão manda jornalistas "para o inferno"

O técnico Luiz Felipe Scolari pediu os serviços da psicóloga Regina Brandão para trabalhar a cabeça dos jogadores da seleção brasileira, mas parece ter faltado à sua própria consulta.


Exagerando no lado rabugento em sua entrevista coletiva desta quinta-feira (3), véspera do jogo decisivo contra a Colômbia pelas quartas de final da Copa do Mundo, Felipão foi grosseiro quando questionado sobre a reunião particular que teve com seis representantes da imprensa durante a semana.

— Sempre fiz isso. Se eu não puder fazer as coisas que gosto, se tenho que ser pautado pra fazer A ou B, não adianta, eu vou fazer. Gostou, gostou. Não gostou, vai para o inferno.

Real Madrid contrata alemão Toni Kross por R$ 76 milhões e esquenta o mercado da bola

O Real Madrid acertou a contratação de Toni Kross, jogador da seleção alemã. O clube espanhol chegou a um acordo com o Bayern de Munique e pagou R$ 76 milhões pelos direitos do meia. Kross tinha contrato com o time bávaro até 2015, mas não gostou da proposta de renovação. O atleta se apresenta ao Real depois que a participação da Alemanha acabar no mundial. Confira como está o mercado da bola a seguir.

Presidente da Colômbia declara feriado nacional na sexta e virá ao Brasil



O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos quer que todos os colombianos torçam e apoiem a sua seleção no jogo contra o Brasil na próxima sexta-feira, dia 4 de julho. Para isso, o líder colombiano decretou feriado nacional na Colômbia e garantiu que virá assistir ao jogo no Castelão, em Fortaleza.

O feriado é por metade do dia, ou seja, todos os trabalhadores estarão liberados a partir do período da tarde para poderem ver o jogo.

"Gostaria de anunciar a todos os oficiais públicos que decretamos um feriado de meio expediente na sexta-feira para que todos possam assistir ao jogo", declarou o presidente. "O dia cívico começa às 13h, e já alerto a todos que comemorem com calma e em paz", completou.

O pedido de paz de Santos é um apelo para que não se repita o incidente após o jogo contra a Grécia pela primeira fase da Copa, no qual foram registradas as mortes de 10 pessoas nas festa comemoração da vitória colombiana.

A viagem do presidente colombiano ao Brasil para ver a partida foi anunciada pelo Governo Federal brasileiro em seu site, Portal Brasil. A informação foi confirmada pelo cônsul da Colômbia em Fortaleza, Maurício Duran. Segundo Duran, a chegada do presidente está prevista para sexta-feira, horas antes do jogo, que começará às 17h.

Técnico da Bélgica teme mais o cansaço do que Messi ou Neymar



Marc Vilmots, treinador da Bélgica, teme mais o calor das 13 horas de Brasília, do que o jogo mágico de Lionel Messi. Está mais preocupado com o desgaste físico de seus jogadores – assim como os argentinos passaram por uma dura prorrogação nas oitavas de final – do que com o chute de Di María (ele acertou 10 de 12 no gol de Benaglio, da Suíça).

"A Argentina tem Messi, o Brasil tem Neymar mas a Bélgica tem um jogo coletivo muito forte. Prefiro equipes assim. O que me preocupa mais é o esforço físico. Não acredito que o jogo contra a Argentina vá se definir nos 90 minutos. Deve haver prorrogação e estamos nos preparando para isso", disse na sala de imprensa do resort de Mogi das Cruzes, onde a Bélgica está alojada. Uma curiosidade: a sala de imprensa disponibiliza cerveja belga para quem quiser.

A preocupação como o aspecto físico é evidente. Enquanto reservas faziam trabalhos físicos leves, os titulares andavam de bicicleta. Em grupo, faziam repetidas viagens desde o campo de treinamento até o hotel, percurso de dois quilômetros, em uma rampa. Parecia até treinamento para alguma volta ciclística.

O treino é aberto, mas a escalação é secreta. Vilmots nem aceita tocar no assunto. Faz cara brava, como quem diz "que pergunta é essa?".

Ele também não se mostra minimamente entusiasmado por saber que a torcida brasileira estará ao lado da Bélgica por conta da eterna rivalidade. "Essa briga é entre eles. Não quero entrar no meio dela não".

Thiago Silva diz que chora porque "a pressão é muito grande para ganhar"



Thiago Silva, zagueiro e capitão da seleção brasileira, falou que seu choro durante o jogo contra o Chile, no último sábado, é a coisa mais natural do ser humano e usou até a luta que teve contra a tuberculose durante a sua vida para justificar a emoção. Em entrevista coletiva ao lado de Felipão nesta sexta-feira, no Castelão, em Fortaleza, o jogador disse que não se importou com as críticas que tem recebido da imprensa e de parte da torcida pela atitude na hora decisiva.

"Não tenho nada engasgado, muito pelo contrário. Não escutei muitas coisas. Mas eu acho que a coisa mais natural, essa pressão, esse comentário. Para mim, não vai agregar em nada, não vai me ajudar. Em termo de psicológico, a gente está bem. Quando a gente se entrega pelo o que a gente ama, é normal a gente descarregar. A pressão é muito grande para ganhar. Eu me entrego e a descarga foi por isso. Não tem como não se emocionar quando faz com gosto. A equipe está bem, muito motivada. E nos últimos quatro confrontos (com a Colômbia) a gente teve quatro empates, o que mostra que vai ser difícil", disse o zagueiro.

"Quando essas coisas são ditas, você tem de olhar para o lado. O comandante está aqui do meu lado. Em momento nenhum, ele contestou minha atitude. Não tenho que ligar para o que dizem, as pessoas não me conhecem. O próprio Marin (presidente da CBF) me ligou, almoçou com a gente e disse que está tudo bem. Não tenho que ligar para o que as pessoas falam. Eu tenho caráter dessa maneira, sou emotivo, é a coisa mais natural do ser humano. Mas eu vejo por um outro lado, que isso não me atrapalha em nenhum momento, as pessoas estão falando bobagem, que pode atrapalhar. Na minha visão, não atrapalha. Eu passei por um momento muito difícil, superei tuberculose... E eu posso falar que sou campeão, não só fora como dentro do campo. Tenho minha maturidade e o respeito de todos. Não é generalizando. A imprensa está dividida. Uns falam mal, outros apoiam. A gente precisa de apoio. Porque nada negativo que seja dito a gente vai deixar entrar aqui", completou.

Antes mesmo de partir para mais uma resposta, Thiago Silva recebeu o apoio de Luiz Felipe Scolari, que interrompeu a coletiva para citar um caso que viveu quando comandava a seleção de Portugal, na Eurocopa de 2004.

"Eu acho que todos aqui já ouviram falar de um senhor, o maior jogador do mundo durante um tempo, o Luis Figo. O Figo, na Euro de 2004, em um jogo com a Inglaterra, eu o tirei aos 20 minutos do 2º tempo e coloquei o Postiga. E nós empatamos, o Helder participou do gol e tudo mais, e o Figo ficou no vestiário. Fui muito cobrado que o Figo não estava junto com os outros. Mas, no segundo momento, ficou claro que o aconteceu é que o Figo ficou em frente a imagem da Nossa Senhora de Fátima rezando pelos companheiros", disse o treinador.
"Se alguém se abaixa para rezar ou agradece a Deus pela mão espalmada precisa respeitar. Eu beijo minha nossa senhora do Caravaggio. A gente poderia respeitar as individualidades. Não são as pequenas coisas que façam o time melhorar ou piorar. São atitudes de cada um. E ficou comprovado depois (que o Figo estava rezando)".